No Brasil existem DJs com um tempo de discotecagem suficiente para "valer-lhes" furar qualquer fila de banco. Se fosse colocar na ponta do lápis, esse time reunido aí embaixo teria há tempos conquistado aposentadoria por tempo de serviço prestados às pistas de dança do País.
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Osvaldo Pereira – Seu Osvaldo foi o primeiro cara a discotecar no país, isso em 1958!! Ele tocou durante dez anos e depois pendurou as chuteiras. Mas, há cerca de dois anos, resolveu tirar a poeira do case e voltou a fazer festas. Voltou à ativa, pra alegria dos cerca de 15 DJs da sua família. Detalhe: seu Osvaldo está com 75 aninhos!
Tony Hits – O cara tem milhares de quilômetros rodados em serviços prestados ao samba-rock! Além de DJs, ele já foi dono de equipe de baile, apresenta um programa incrível na rádio UOL e tem uma das lojas de vinil mais procuradas por gringos que visitam o Brasil atrás de raridades. Tony tem só 56 anos, mas suas história se confunde com a do som nostalgia no Brasil.
DJ Grego e Greguinho – Mais conhecido como “Mans” pelos amigos, o DJ Grego é praticamente uma pilastra na história da dance music no Brasil. Ele tocou em tudo que é lugar, rádio, festa. Ele ajudou a inventar o remix. Lançou um dos primeiros discos mixado do país. Ou seja, ele é o cara. Não é à toa o apelido. O mans tem hoje 54 aninhos de praia. E eu chutaria uns 40 de pista! DJ Amândio – Enquanto Ricardo Lamounier se consolidou como o DJ superstar da disco music na New York City Discothèque, Amândio construiu uma reputação com um público mais alternativo. Tocando na boate gay Sótão, onde estreou em 1973, Amândio tornou-se referência nacional como DJ e virou ídolo dos modernos do Rio na década de 70. Cheio de vitalidade, ele toca até hoje, e muito bem! Idade? Por volta dos 60. Índio Blue – Este é uma figura. Começou tocando disco music no Hippopotamus, nos anos 70. Foi vendedor lendário da loja Hi-Fi, da rua Augusta. Depois tocou no lendário Vitória Pub e no Latitude 2001. Há anos, se especializou em discotecagem de blues e rock e pode ser visto tocando em bares de Sampa. Também não declara a idade, mas calcula-se que esteja na casa dos 60. Sônia Abreu – Nos anos 70, Sônia Abreu sofreu horrores ao invadir sozinha uma profissão até então totalmente reservada ao universo masculino. Ela foi uma das primeiras DJs mulheres do país. Segurou a pista do Papagaio Disco Club de São Paulo durante dois anos, em plena febre da disco. Além de tocar em clubes, ela foi pioneira em rádio, fez baladas gratuitas no parque do Ibirapuera, em coreto na Augusta, em barco no litoral carioca. Um figuraça, Sônia sabe tudo de música e até hoje faz seus sets ecléticos em festas por aí. A pioneira da discotecagem brasileira tem hoje 58 aninhos.
Big Boy & Ademir – Esta lendária e conhecida expressão, bem como, uma série de hábitos e estilos, predominantes no atual meio musical, foram criados pelo maior fenômeno do rádio brasileiro de todos os tempos, cujo trabalho serviu de alusão obrigatória para toda uma geração de Djs, locutores e comunicadores. Você sabe de quem eu estou falando ? Não sabe ? Estou me referindo ao eterno ídolo do mundo dos bailes, ao memorável Big Boy, formado em Geografia e acumulando inúmeras funções na área de jornalismo, comunicação e produção, Newton Alvarenga Duarte jamais teria imaginado que o seu verdadeiro dom estivesse voltado para o mundo alucinante dos grande bailes, ele foi o primeiro a quebrar a regra das locuções rígidas e sisudas, com o estilo de locução bem acelerado e, digamos assim, “meio adoidado”, levava ao delírio os inúmeros ouvintes da Rádio Mundial Am-Rj, com o três programas que ele tinha: Cavern Club, Big Boy Show e Ritmo de Boite. O Cavern Club era um programa voltado exclusivamente para o som romântico dos meninos de Liverpool, o material que ele tinha a dos Beatles era fabuloso. Já o programa Ritmos de Boite era o mais famoso, no horário das 18 às 19 ele descarregava os grandes sucessos da época, com incontáveis lançamentos e anunciava a agenda dos grandes bailes nos finais de semana. Foi ele quem descobriu, juntamente com o seu companheiro Ademir Lemos, os bailes de subúrbio, ou seja, os lendários BAILES DA PESADA, uma verdadeira epidemia que tomou conta todo o Rio de Janeiro, tendo como ponto de partida a casa Canecão. Ele inovou, nas equipes de som, a utilização das primeiras cápsulas magnéticas, com agulha diamante, substituindo as chamadas “cápsulas de cerâmicas”, cujas agulhas eram, literalmente, verdadeiros pregos. Big Boy era figura indispensável nos grandes bailes que se realizavam ao longo dos anos 70, onde mais de quatrocentas equipes de som, sem exagero, disputavam a preferência de milhares de jovens, ele possuía um equipamento de som, cujas caixas acústicas tinham como característica marcante, figuras de cartas de baralho pintadas nas telas dos alto-falantes, em tinta fluorescente, que sob o efeito da luz negra apresentava um belíssimo visual. Um dos estilos musicais predominantes na época, dentre outros, era o Soul Music, cuja divulgação e fortalecimento deste gênero foi encabeçado por ele, que nunca deixava de lançar os recentes sucessos e raridades do rei do soul, James Brown. Importante. Ele possuía uma discoteca invejável e assombrosa, composta por cerca de 40 mil discos, os hits BLACK CAESAR de James Brown & SHOW ME WHAT YOU GOT do Exile, foram lançado por Big Boy. Os lendários Bailes da Pesada eram verdadeiros confrontos de equipes, onde cada equipamento se desdobrava para mostrar ao público as novidades do Soul Music, bem como, os grandes cobras do movimento: BLACK POWER (Paulão), VIPS (Pucheta), PETRU´S (Petrúcio), LUIZINHO DISC JOCKEY SOUL (O dj da época era CORELO), TROPA BAGUNÇA, SOUL CHILDREN, DYNAMIC SOUL, BOOT POWER & SOLID STATE. Big Boy criou uma séria de modismos e comportamentos: sapato na época chamava-se pisante, dentre outros costumes. Uma das características principais dos freqüentadores dos bailes da pesada eram as seguintes: cabelos no estilo black power, óculos escuros, gravata borboleta, bengala, calça boquinha de sino e o tão comentado sapato cavalo de aço. Pesando aproximadamente 100 quilos, apresentando problemas de asma, ele não se deixava desanimar quando realizava as suas apresentações nos diversos clubes do Rio de Janeiro e em outros pontos do Brasil, um evento que merece registro foi o realizado no dia 19 de junho de 1977 (pouco antes de sua morte), no G.R.E.S. IMPÉRIO SERRANO, onde a 3ª Caravana de soul music que reunia Tony Tornado, Soul Grand Prix, Dynamic Soul, Boot Power, Ademir Lemos e Monsieur Lima. Nesse evento ele lançava no Brasil o filme Wattstax (da gravadora Stax), inclusive vídeo inéditos Em 1977, com 33 anos, ele falecia num quarto de hotel, em São Paulo, não há notícias que confirmem o que realmente aconteceu, uns dizem que ele não suportou um terceiro enfarte, outros alegam que o seu problema de asma teria se agravado, resultando numa asfixia.
big boy & ademir gênese do baile funk carioca, seu bosta do caralho.
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